quarta-feira, 6 de julho de 2011

Consórcio TAV Brasil pode pedir novo adiamento de leilão

São Paulo - Conforme o DCI adiantou em sua edição de ontem, o consórcio apontado até agora como o mais forte candidato a vencer o leilão do trem de alta velocidade entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro - o TAV Brasil, liderado por companhias coreanas - acusou o impacto da queda-de-braço entre as empreiteiras nacionais e o governo acerca do preço da obra. O Consórcio dava ontem mesmo sinais de que solicitaria formalmente à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) mais um adiamento do leilão, sob a alegação de que não conseguirá fechar sua proposta a tempo. Em princípio, a entrega das propostas por parte dos interessados em participar da concorrência tem de acontecer até 11 de julho, e o leilão, em 29 de julho.

Embora a ANTT resista à ideia de um novo adiamento, o governo está quase sem opções sobre a mesa nesta questão. As grandes empreiteiras locais (Queiroz Galvão, OAS, Andrade Gutierrez, Odebrecht e Camargo Corrêa) recusam-se a aceitar o valor estipulado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção do TAV - R$ 34,6 bilhões - e já avisaram que não entregarão propostas segunda-feira que vem se este valor não for elevado. Sem estas empresas, é extremamente difícil para qualquer grupo se estruturar para participar da concorrência. Analistas do setor observam que as empreiteiras sabem que estão em uma posição de força nesta questão do TAV e não cederão facilmente.

De qualquer maneira, o governo federal já vinha sugerindo que o cronograma do leilão poderia ser alterado novamente. Semana passada o diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo, já havia dito que uma decisão a respeito poderia surgir antes de 11/07. Talvez, para conseguir acomodar as demandas por custos das empresas, o governo aproveite o novo adiamento para flexibilizar os locais de construçãodas estações e o traçado dos trilhos da obra.

Essa seria a terceira prorrogação do leilão, que nasceu como a grande aposta da presidente Dilma Rousseff para desafogar o tráfego entre Rio e São Paulo. 

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