segunda-feira, 14 de março de 2011

Coluna : Moderador Denis Castro

Boa Semana caros amigos da CPTM, meu nome é Denis Castro e inicio Hoje esta coluna, semanal que vai abordar assuntos variados relacionados a ferrovia em geral, opniões pessoais,notícias e comentários sobre determinados assuntos.
Hoje farei apenas uma retrospectiva dos anos anteriores a existencia da CPTM , e chegaremos por fim ao surgimento e as mudanças desde a era CBTU até a era CPTM que diferente da CBTU veio pra ficar.

Em 1990 nossa estrada de ferro nas regiões hoje denominadas de metropolitanas e antes denominadas de Subúrbios,vivia sua época decadente,onde a qualidade de serviços era relativamente baixa e investimentos apenas básicos,era comum nas linhas na antiga Central do Brasil,atualmente linhas 11 e 12 da CPTM a quebra constante dos materiais rodantes (trens), a superlotação já indicava que a pequena quantia de trens era insuficiente para uma população que cresce até hoje demasiadamente,trens rodavam com portas abertas, com pessoas dependuradas (pingentes), surfistas ferroviários , e a invasão de renda (pular a plataforma para embarcar sem pagar) era comum em todo o sistema, o governo federal pouco arrecadava enquanto relativamente o oposto, se investia no básico para manter, A insegurança era um fator determinante para a inclusão de batedores de carteiras,assaltantes,traficantes e até mesmo aliciadores...e a falta de uma planejada maneira de organizar o comercio nas estações e trens fizeram surgir os famosos MARRETEIROS que até hoje persistem em vender seus produtos dos mais diversos tipos...Haviam também os pedintes e pregadores de religiões ou crenças, que por muitas vezes cortava o sono de quem passava mais de 1 hora em percurso dentro do trem seguindo para o trabalho ou para casa..Na E.F.S.J. atuais Linhas 7,e 10 nada era tão diferente assim,a CBTU tinha em mãos problemas ainda maiores , operando com trens que constantemente apresentavam falhas diversas, tendo estes por muitas vezes terem sempre uma locomotiva a diesel já acoplados em seus trens para que se evitasse a parada do trem em meios de percursos e evitar assim o chamado "QUEBRA-QUEBRA",a CBTU tinha sempre disponível locomotivas do tipo GE: 64TON. 80TON. as tão conhecidas "Lambretinhas" que pertenciam a Rede Ferroviária Federala qual a CBTU era subordinada.As atuais Linhas 8 e 9 eram operadas pela FEPASA "Ferrovia Paulista Sociedade Anônima" e os problemas assim como nas Linhas da CBTU existiam , em escala menor, mas existiam, os trens da série 5000 na CPTM, antes série 9000 na Fepasa sempre deram conta da demanda naquele trecho,a insegurança era o maior problema, tanto para quem estava nos trens , quanto para quem estivesse prestes a acessar qualquer uma das estações..
Vivemos uma época em que os trens nas Linhas 07,08,09,10,11 e 12 era algo comparável a atual Supervia do Rio de Janeiro que também herdou as linhas da ESTRADA DE FERRO CENTRAL DO BRASIL,com baixa qualidade,atrasos constantes,falta de trens,insegurança,sinalização precária e condiçoes de via em estado de riscos a população deixando sempre eminente o risco de acidentes graves como ocorrem com frequencia no Rio de Janeiro.
A CPTM quando assumiu em 1992 sabia que tinha em mãos uma missão não muito fácil de se cumprir,quando repassado o sistema da FEPASA e CBTU pelo governo Federal , o sistema apontava crescimentos significativos embora a arrecadação era inferior ao esperado e não permitia investimentos também do governo estadual.
O Governo do estado aos poucos investia , mas faltava algo que permitisse tais investimentos e esse algo era a forte presença administrativa da CPTM para comprovar ao governo do estado que investimentos eram necessários para garantias de maiores arrecadações , livrando assim os cofres públicos de tampar os buracos orçamentários das obras e planejamentos de modernizações e substituições de materiais básicos para manter as ferrovias.
E a inavasão de renda era algo que precisava de imediato ser banido das estações,a arrecadação virou meta e responsabilidade do Corpo de Seguranças da CPTM que ainda pertenciam diretamente ao governo federal os Chamados PFF (POLÍCIA FERROVIÁRIA FEDERAL),Que hoje deram lugar ao A.S.O. Agente de Segurança Operacional que não tem vínculos federais, mas estaduais e recebem o mesmo tipo de preparo da Policia Militar do estado de são Paulo,Mas nem todas as estações poderiam ser livres de imediato da Invasão de renda, o efetivo era baixo demais , até que a CPTM tercerizou o serviço de Segurança em todas as linhas , permitindo assim por um baixo custo cobrir 99% de todas as estações e evitar assim os prejuisos causados pela invasão de renda.Os A.S.O. continuam até hoje e desempenham serviços especiais, como operações de revistas de usuários suspeitos, monitoramento entre outras funções não permitidas por vigilantes terceirizados.
A Partir da próxima coluna postarei um pouco do que foi essa época em fatos e fotos, toda a transição CBTU/CPTM e um pouco mais a relatar linha por linha...
Até lá espero contar com apresença dos ilustres visitantes sempre as Segundas - Feiras neste Canal...
Uma boa semana a todos!!!

Denis Castro.

Um comentário:

  1. Nasci em 1955, andei de bonde e papa-filas e desde 1962 ando nos trens Paulistanos, o progresso chegou em nossa cidade, porém, não para nossos trens. Perdemos a cada dia, nossa identidade de progresso em relação às nossas ferrovias. Lamentável. Tanto dinheiro desviado pelos corruptos e nada para as ferrovias. Se midernizadas, as ferrovias seriam o melhor meio de transporte para nossa cidade.

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