quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Metrô inicia obras da estação Vila Prudente do monotrilho em SP


Primeira fase deve ser entregue no segundo semestre de 2013.
Projeto começa na Vila Prudente, que terá integração com estação já existente.


Juliana CardilliDo G1 SP
Viga irá sustentar futura estação de monotrilho (Foto: Juliana Cardilli/G1)Viga irá sustentar futura estação de monotrilho (Foto: Juliana Cardilli/G1)
O Metrô de São Paulo iniciou na manhã desta sexta-feira (5) a construção da estação Vila Prudente da Linha 2-Verde da companhia, com o içamento da primeira viga que suportará a parada suspensa do monotrilho, na Zona Leste de São Paulo. A futura estação será integrada de maneira gratuita à atual parada de mesmo nome da Linha 2, no modelo tradicional do Metrô. A expansão terá 17 estações e 24,5 km de extensão, chegando até o Hospital Cidade Tiradentes, também na Zona Leste.
A nova linha de transporte público será feita pelo modelo de monotrilho devido ao tempo menor de construção, valor mais baixo e também às facilidades das áreas por onde ela irá passar. A nova Estação Vila Prudente será suspensa e ficará sobre uma parada do Expresso Tiradentes.
“A Anhaia Mello [Avenida Professor Luís Ignácio de Anhaia Mello] tem um canteiro central fantástico, a Sapopemba continua com canteiro central. Você pode aproveitar esses espaços, a viga agride muito pouco a questão visual, ela comporta dois trens, tem um terço da largura do Minhocão. [O monotrilho] não emite poluição e é emborrachado, não tem barulho”, afirmou Jurandir Fernandes, secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos.
A viga içada por dois guindastes nesta sexta irá suportar a plataforma e as estruturas de mezanino da futura estação. A próxima fase será colocar as vigas que irão suportar os trens. No total, 54 composições irão operar na extensão da Linha 2. Uma está sendo construída pela Bombardier nos Estados Unidos – as outras 53 serão feitas pela empresa em uma fábrica que está sendo construída em Hortolândia, no interior do estado.
Cada trem terá sete carros e capacidade para mil pessoas. O intervalo entre eles será de 90 segundos, permitindo 45 partidas por hora e o transporte de 45 mil passageiros no período. “Apesar de estarmos oferecendo 45 mil passageiros/hora, nossos cálculos dão que até 2020 o trecho crítico terá necessidade de 39 mil passageiros/hora”, afirmou Fernandes.
A expectativa do governo é de entregar a primeira fase, até as estações Vila Prudente e Oratório, no segundo semestre de 2013. Um ano depois será a vez do trecho até São Mateus começar a funcionar. Em 2016 o Metrô pretende estar com a linha finalizada.
PPP
A construção das estações e a operação do monotrilho na Linha 2 será feita por meio de uma parceria público-privada (PPP). Segundo o secretário dos Transportes Metropolitanos, o método será mais vantajoso por permitir uma instalação mais rápida. “O estado vai entregar todo o sistema já pronto de vigas e vai fornecer os trens. A iniciativa privada complementa as estações e faz a operação”, afirmou Fernandes.
Para isso, além da receita das bilheterias, a empresa vencedora da licitação também receberá um pagamento do estado – será a chamada “PPP patrocinada”. O projeto já foi pré-aprovado e está em fase de estudo do modelo econômico.
“Nós temos uma estimativa de concluir esse estudo em outubro, submeter ao conselho gestor, e se o conselho gestor aprovar, nós temos o desejo de publicar o edital da PPP para consulta pública em dezembro, e publicar o edital para concorrência em fevereiro. Com isso, daqui um ano nós já teremos o contrato assinado com a concessionária”, afirmou Sérgio Avelleda, presidente do Metrô.
O valor total da extensão da Linha 2-Verde é orçado em R$ 2,4 bilhões.

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